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domingo, 6 de novembro de 2011

Maconha e cachaça, o ideal revolucionário

usp

Peiar é a ação de prender os pés das galinhas, deixando apenas dez a quinze centímetros entre um pé e outro. Isso impedia que o animal fugisse do terreiro ou caísse no choco, deixando os ovos para o consumo. A galinha peiada ficava com seus movimentos limitados.

Peiado é como vejo o governo a cada invasão de prédios públicos e a peia é o corporativismo entre o próprio governo e os grupelhos invasores.

Não deixo de lembrar a invasão da hidrelétrica de Tucuruí por “sem barragens, em 2007. Naquela ocasião víamos um senhor despreparado brincando com o painel de controle da usina e a conivência tácita do governo federal. Em nome do respeito às minorias e às reivindicações “justas” do “excluídos”, a reintegração de posse deu-se ao bel prazer dos criminosos. Esta prática vem repetindo-se constantemente desde o governo de FHC e é efeito colateral da Constituição-cidadã do Ulysses Guimarães, que encheu de direitos sem cobrar devidamente a contrapartida dos deveres.

Incra, ministérios, repartições públicas e universidades são alvos preferenciais dos insatisfeitos que acham que o país tem que ser governado para si e não para a totalidade da população.

Sou um defensor da desobediência civil contra a extorsão estatal por meio de impostos, taxas e juros, quando ela se dá em prol de todos e não para a defesa de agremiações, partidos, classes específicas ou desordenados improdutivos.

Há poucas semanas um amigo teve sua fazenda invadida por sem-terras. Para ter sua propriedade de volta, teve que gastar mais de nove mil reais com advogados, viagens à capital e combustível e alimentação para a polícia deslocar-se até o local para dar-lhe a reintegração de posse. Os invasores nada arcaram, não serão processados, não têm que ressarcir os custos do proprietário e os prejuízos deixados pela destruição de equipamentos, morte de vacas, derrubada de parte da mata ou pela falta de negócios no período da invasão. Seguindo a legalidade, o cidadão arca com os danos e os bandidos ficam com os bônus.

A invasão da USP vai pelo mesmo caminho. Flagranteados com maconha dentro do campus, alguns baderneiros fantasiados de estudantes geraram o confronto e pedem o fim do convênio da universidade com a Polícia Militar.

Este convênio deu-se para inibir os numerosos casos de assaltos, furtos e estupros que aconteciam na área do campus, depois de assembléia de estudantes, professores e funcionários. Foi uma medida acatada pela maioria. Tudo ia bem até que a polícia fez uso da legislação e prendeu os financiadores do tráfico.

Feita nova assembléia, a maioria decidiu pela manutenção do convênio, mas a massa desocupada, numa demonstração de que democracia, para eles, é imporem suas vontades, preferiu pela manutenção da invasão e ainda colocam faixas zombando da declaração do governador Alkimin que disse que “ninguém está acima da lei” e completam “só os políticos ladrões”. É o velho relativismo. Justificam sua ilegalidade com a sentença tácita “se eles podem desobedecer as leis roubando, nós podemos também, invadindo propriedade pública”. Já diziam os antigos, “quem quer ser respeitado, dê-se o respeito”.

Se se acham com a razão, por que cobrem os rostos com máscaras e camisetas, à moda dos marginais que tomam conta das bocas de fumo onde se abastecem? Se se dizem democratas – ou não se dizem? -, por que não seguem a decisão da maioria e assumem a condição humilde de voto vencido, mas respeitador da vontade de seus pares? Se são defensores da liberdade, por que tentam coibir fotos e filmagens da imprensa? Se são estudantes, por que não se dedicam ao ofício de estudar ao invés de comportarem-se apenas como alunos? E pelas fotos vêem-se alunos à beira dos quarenta, cabelos grisalhos, no meio dos recém saídos da adolescência na comprovação de que a infiltração de estudantes profissionais dá-se, como sempre deu-se, nos movimentos estudantis.

A UNE também está peiada pelos milhões que recebem anualmente pelo governo. E para onde vão esses milhões? O que de concreto é feito com a fortuna dada a fundo perdido para a entidade político-ideológica-estudantil? Difícil acreditar que toda a dinheirama foi gasta nas pizzas, camisinhas, cervejas e maconha consumidas na festa de Baco em que se transformou esta ocupação sem pé nem cabeça.

Os governos têm que superar seu medo de confundir autoridade com autoritarismo. Sua autoridade é dada pelo povo e para ele devem governar, não para uma meia dúzia de hippies de cartão de crédito que usam roupas de grife – o Reinaldo Azevedo acertou na mosca ao chmá-los de hippies de Ray Ban e Gap – e maconha paraguaia, além do ecstasy holandês e sabe-se lá que outros “artigos” importados.

Os governos precisam de coragem para romper as peias que essa minoria sem classe e sem causa lhes colocam em nome de uma falsa liberdade de expressão.

 

©Marcos Pontes

8 comentários:

  1. Quem é que quer uma ideologia para viver? Não esses baderneiros! Querem farra.

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  2. CARO MARCO

    E TENHA A CERTEZA QUE QUASE NA SUA TOTALIDADE O POVO BRASILEIRO VAI APLAUDIR A AUTORIDADE EXERCIDA PELO GOVERNO, SEJA MUNICIPAL, ESTADUAL OU FEDERAL.

    Marisa Cruz

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  3. CARO MARCO

    TENHA A CERTEZA QUE A TOTALIDADE DO POVO BRASILEIRO APLAUDIRÁ A AUTORIDADE QUE DEVE SER EXERCIDA PELO PODER MUNICIPAL, ESTADUAL E FEDERAL!!!!!
    BANDALHEIRA DIZ RESPEITO A DESOCUPADOS SEM BANDEIRA QUE QUEREM O HOLOFOTE E OS 5 MINUTOS DE FAMA MESMO SEM A DECÊNCIA DE MOSTRAR A SUA FACE!!!!!!

    Marisa Cruz

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  4. Este é o retrato fiel de uma juventude sem ideais, que acreditam realmente, que os rumos de suas vidas não dependem deles. Por trás deste "protesto" insano, existe mais do que apenas a imagem da baderna, mostra-nos que esta geração e talvez que irão chegar a universidade tem seus valores totalmente distorcidas pela falta do que lutar! Tudo em suas vidas vem de graça, não existe a necessidade do esforço...garanto, que os que participam, fazem parte de uma geração absolutamente "morta" para o futuro deste país e que teremos que carregar até o final de suas vidas medíocres. Duvido que ali participem os que acreditam em um futuro, e buscam por algo melhor em suas vidas.

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  5. Lembrando que aplicação de peia se dá em animais que têm a tendência de fugir dos locais onde deveriam permanecer, portanto além dos "revolucionários" tem mais alguém agindo errado

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  6. Tem razão, Marcos. E, em defesa dos verdadeiros estudantes da USP e do passado da instituição, a diferença gritante da situação atual é o fato de se tratar de consumidores e traficantes de drogas que se travestem de "manifestantes e estudantes" e sequer respeitam votação da minoria de estudantes que decidiu pelo fim da invasão. É o crime organizado (apoiado e financiado pelo regime petralha em vigor, com nossos impostos) defendendo a retirada da PM e da Lei em SP e nos morros cariocas. Sócios e admiradores das FARC, como Lula/Dilma/Dirceu.

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  7. Juventude? coisa nenhuma! Essa coisa lá na cusp é uma horada de celerados sequelados pelas drogas, pela falta de cultura...estão aquém da civilização..nem tribo dá pra configurar...é horda! E que ninguém tenha piedade porque merecem é umas palmadas...um freio de arrumação, como dizia meu sogro- Chico Moura

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  8. A Une é uma máfia de carteirinha de "estudantes" e esse baderneiros, são tudo, menos, estudantes...
    Vi mesmo uma reportagem, que eles são uma minoria barulhenta... Tomara que quebrem a cara...

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