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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Resposta a um vermelhinho sobre Bolsa Família

Isto está num grupo do Face do qual não faço parte e nem quero fazer. Por isso copiei, colo aqui e respondo na minha página para não dar muito "ibope" para esse grupelho:


"Felipe Regis Fernandes
Muita gente critica programas como o bolsa família, bolsa escola... Sempre se foca na vagabundagem versos o gasto do governo. No estilo "e eu aqui trabalhando..." ou "é pra comprar voto", enfim, os mesmos clichês. Vamos tentar dar uma outra visão:
A miséria geralmente anda junto com a ignorância. Se você nunca teve contato com esse tipo de gente, eles são burros. Não sabem nada de nada sobre nada. O que o governo está fazendo é praticamente comprando eles para que eles coloquem os filhos na escola. Se não tiver o benefício, eles não colocam na escola e pronto. Porque são ignorantes, só isso. É uma tática para quebrar esse ciclo pobreza -> ignorância -> pobreza... O governo não está ajudando os vagabundos, está ajudando a próxima geração.
Outros pontos: 1) Entre amigos a gente já fez o cálculo e com todos os benefícios somados não dá pra parar de trabalhar. 2) O gasto do governo não é tão grande. 3) De fato diminui a miséria.
Eu pago alegremente o custo dos "vagabundos" se a geração dos filhos deles for diferente. O custo para a sociedade é irrisório."


1. Bolsa Família, assim como Seguro Desemprego, deveria ser emergencial e não permanente. Se assim fosse, o valor pago poderia ser muito mais alto e ser, efetivamente, um combate à miséria. Do jeito que funciona não passa de um band-aid para quem tem traumatismo craniano;;
2. A ideia de obrigar criança a ir à escola seria boa se: a. A escola pública tivesse alguma qualidade; b. A escola pública fosse atrativa; c. Houvesse fiscalização e as famílias de crianças evadidas deixassem de receber o benefício;
3. A BF, assim como qualquer programa assistencialista, é, sim, incentivo à vagabundagem. Governo que quer, deveras, acabar com a vagabundagem e ajudar os cidadãos, investe pesado na educação - como fizeram Coreia do Sul e Japão, por exemplo - , na infraestrutura, baixa os custos de produção o que elevaria a oferta de empregos, baixaria carga tributária, inclusive para empregador, o que também geraria emprego e renda.
4. Os custos da BF são, sim, muito altos. Tão altos que o GF pede empréstimo para cumprir o pagamento integral. Além do mais, basta multiplicar o valor médio (R$ 100) pelo número de famílias beneficiadas para ver o quanto poderia ser feito pelo país com o dinheiro que não dá nem pra "comprar uma calça jeans".
5. As gerações dos filhões dos "vagabundos" não será melhor do que a de seus pais porque elas serão criadas na lei do menor esforço em que se aprende que não há necessidade de esforçar-se, que a meritocracia é coisa de elites de olhos azuis, que pobre não precisa esforçar-se porque existem classes média e alta para mantê-las a pão e água sem a necessidade de estudar e trabalhar.
6. A miséria realmente diminuiu, mas, não sejamos imbecis achando que isso deveu-se a um acréscimo de R$ 100 reais na renda de uma família de 4 pessoas, mas por conta de um país de empreendedores que investe pesado na produção, na educação, na produção e que trabalha 5 meses por ano para pagar impostos que vão para as benesses da classe política e para a esmola das classes preguiçosas
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©Marcos Pontes