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sábado, 31 de março de 2012

É para comparar?

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É para comparar? Então, vamos lá

Sempre que um associado do governo é pego com a mão na botija, em seu relativismo peculiar a quadrilha toda se reúne e usa um crime de um oposicionista para justificar a safadeza de seu cúmplice.

Não coincidentemente, depois que alguns juízes do STF passaram a defender publicamente o julgamento do mensalão ainda este ano e, consequentemente, a inclusão dos mensaleiros condenados – se algum deles o for – na lista dos fichas-sujas inelegíveis em 2012, estoura o escândalo Demóstenes Torres, que vem sendo escondido desde 2009, quando aconteceu a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, devidamente guardada pelo exército vermelho de José Dirceu para ser descoberta quando melhor conviesse aos malfeitores governistas.

A cada acusação que alguém faz a um membro direto ou indireto do governo, imediatamente seus cupinchas tiram do bolso a pergunta que não responde e nem justifica: “e o Demóstenes?”.

Pois bem, se é para comparar, comparemos. Não que a pseudo-oposição de hoje tenha alguma parecença com a situação de antanho, apenas para utilizar a arma relativista que a esquerda acha que atenua seus crimes.

Os militares derrubaram a marionete dos que desejavam a ditadura do proletariado, o que, por si, já é uma aberração da lógica esquerdista que defendia a ideia de que ditadura era uma coisa ruim, mas a ditadura comunista seria ótima. A história ocupou-se de destruir esta lógica ao mostrar que todas as ditaduras esquerdistas ao redor do globo foram nocivas aos seus cidadãos, assassinas, personocracias e tudo o mais de podre que possa existir em política.

Antes de derrubar Jango, porém, várias tentativas para se evitar o golpe foram feitas, chegando ao parlamentarismo canhestros que não deu certo.

Independentemente do fato ter-se prolongado num regime militar de 21 anos, havia, de lado a lado, inclusive socialistas, parlamentares inteligentes, bem formados e, acima de tudo patriotas.

No parlamento havia Paulo Brossard, hoje tem Jader Barbalho; Jarbas Passarinho foi substituído por João Durval; Saturnino Braga cedeu lugar a Morazildo Cavalcanti; não há mais Celso Furtado, mas há Delcídio Amoral, ops!, Amaral; Petrônio Portela de ontem seria Welington dias de hoje; Eunice Michilles, a primeira senadora da República, cedeu lugar a Marta Suplicy; Ulisses Guimarães deve envergonhar-se ao ver Aníbal Diniz em seu lugar; Teotônio Vilela, o “Senhor Diretas”, é encarnado com defeito em Benedito de Lira; Tancredo Neves, o semi-deus da esquerda, é representado pelo seu neto playboy, Aécio... E por aí vai.

A queda de qualidade dos parlamentares é reflexo da queda de qualidade dos eleitores, culpa do próprio Ulisses ao emplacar o voto de analfabetos na Constituição que forjou.

Ah, e a economia que petistas e apaniguados insistem que está linda e maravilhosa? Os 10% de crescimento ao ano durante o “milagre econômico” do Delfim equivalem ao crescimento de 3 anos do governo Lula e quanto a isso não há mais nada a se falar. O parque industrial foi praticamente instalado naquele período, prosseguindo o que JK havia começado.

Na infraestrutura foram construídas dezenas de estradas federais, como a BR-101, uma das mais importantes do país, a Cuibá-Porto Velho, que tirava a Região Norte de seu isolamento, a malfadada Transamazônica que não ficou completa em sua integridade, mas que é enormemente utilizada em diversos trecos desde Lábrea, na Paraíba, até Imperatriz, no Maranhão, uma verdadeira rodovia de integração nordestina, mas a imprensa e os livros falam apenas do trecho abandonado nos alagadiços amazônicos.

Aeroportos foram construídos e modernizados em praticamente todas as capitais e em dezenas de cidades do interior. Escolas pipocaram em todos os cantos, inclusive em zonas rurais. Quantas universidades federais foram inauguradas ou ampliadas?

Já no regime vermelho, investiu-se mais em propaganda do que em saneamento básico. Privatizaram os aeroportos por sua incompetência e desonestidades em gerenciá-los, mesmo depois de passarem 10 anos atacando seus co-irmãos tucanos de terem feito o mesmo.

Os presidentes militares aposentaram-se ou morreram, como Castello Branco e Costa e Silva, deixando suas espoas com suas modestas pensões de militares, enquanto que os últimos presidentes, de Sarney a Lula, fizeram fortuna e continuam fazendo às custas do balcão de negócios de que fizeram os cargos públicos desavergonhadamente.

Os governos militares também investiram em propaganda, claro, mas infinitamente mais baratas, mesmo guardadas as proporções entre a qualidade e os custos do marketing de outrora e de hoje, mas suas propagandas louvavam a grandeza e o potencial nacional, enquanto que as propagandas modernas louvam o partido que nos governa e seus líderes, imitando o egocentrismo das demais ditaduras bolcheviques. Isto por si já mostra a enorme diferença moral entre os generais e os sindicalistas analfabetos metidos a doutores.

A questão não é ser contra ou a favor de uma ditadura militar – e deixo claro que não sou a favor -, mas de acreditar ou não que essa gentalha raivosa, incompetente e revanchista que se aboletou em Brasília tem alguma condição técnica ou moral de colocar o Brasil em seu devido lugar de importância no mundo, algo em que não creio.

 

©Marcos Pontes

13 comentários:

  1. Sua análise está simplesmente perfeita, amigo Marcos Pontes, com precisão cirúrgica!
    Nunca antes neste país o povo foi tão enganado como nessa era petê.

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  2. A esquerda segue abertamente a cartilha gramscista. E, neste momento, em que um aceno da oposição ameaça a ditadura velada em que vivemos fazem o que melhor sabem fazer: achincalhar pessoas. Não defendo Demóstenes Torres mas é visível, inquestionável o uso político abjeto que estão fazendo do fato.

    Parabéns por ser quem é, Marcos. Ter firmeza e lucidez nas análises e conseguir se manter atento à vergonha em que todos estamos mergulhados.

    Sou mais frágil, talvez, acomodada. volto por meu crochet, santos, nosso jardim, gatos ...graças a você. Beijo

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  3. Tudo bem, você me rememorou nomes que já tinham caído no esquecimento, mas se é para comparar de verdade porque não comparou a "intelequitualidade" da atual PresidentA com o substituto de Figueiredo que, apesar dos pesares, criou em seu governo as bases para o Plano Real, implantou o SUS, o IBAMA, o Ministério da Cultura e uma das menores taxas de desemprego da história "deçepaíz"?

    Parabéns pela tua boa memória e discernimento nas comparações, mas será que eles entenderão?

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  4. Como sempre um excelente artigo, parabéns!

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  5. Pronto no nascimento. Não vou dizer nada. Clap, Clap, Clap

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  6. Pronto no nascimento. Não vou dizer nada. Clap, Clap, Clap

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  7. CARÍSSMO MARCOS

    COMO É BOM TRAZER À MEMÓRIA O BRASIL QUE CAMINHAVA PARA ESTE BRASIL QUE DESCAMINHA NAS MÃOS DO PT!!!
    TONTOS DAQUELES QUE AINDA ACHAM QUE ESTE PARTIDO QUER O BEM DO BRASIL!!!

    Marisa Cruz

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  8. Sem comentário, você sintetizou da forma mais clara possível, parabéns Marcos

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  9. Sem comentários, você sintetizou com maestria.
    Parabéns Marcos

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  10. Sem comentários, você sintetizou com maestria.
    Parabéns Marcos

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  11. Sem comentários, você sintetizou com maestria.
    Parabéns Marcos

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  12. Excelente análise, Marcos. Assim o PT transforma nossa democracia em uma república sindicalista, latrocracia lulopetista.

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