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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Cultura popular ou ideológica?

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Olha só o nome desse ponto cultural!

Para o cidadão comum não é fácil acompanhar todos os desmandos e absurdos que pipocam diariamente na administração pública nacional, nas três esferas: municipal, estadual e federal.

Devagarzinho, a esquerda vai firmando sua ditadura em slow motion, deturpando os princípios, massacrando as instituições, princípios, valores e convicções públicas, tudo em nome de uma falsa isonomia social.

Não bastassem as malfadadas cotas para ingresso em instituições públicas de ensino de terceiro grau e federais de ensino médio, o governo do Rio Grande do Sul instituiu cotas para negros num concurso para professores. É assim, privilegiando a cor da pele e não a qualificação profissional que a esquerda deseja melhorar a qualidade do ensino?

Sendo bom, o negro consegue as melhores posições, o mesmo serve para brancos, sararás, índios, mulatos ou seja lá que outro nuance haja, e é dos melhores professores que necessitamos, independentemente de sua origem étnica.

O que diriam os jornais e os partidos de esquerda se a Igreja estabelecesse cotas para padres ou as Forças Armadas reservassem 50% de suas vagas para negros? O apedrejamento seria cruel e, convenhamos, com razão. Mas numa falsa democracia segregacionista como a que nos impõem goela abaixo, a prática preconceituosa só é legal, bonitinha e justa quando é exercida pelos terroristas alçados à condição de comandantes.

O sistema de cotas raciais (e aí está a base do preconceito fantasiado de bom mocismo, uma vez que seleciona a raça humana em sub-raças coloridas) abriu a porta para absurdos ainda maiores.

O governo da Bahia, aproveitando-se do silêncio da população extrapolou. Lançou edital para patrocinar “pontos de cultura” e colocou como pontuação extra a filiação partidária. Os de seleção - análise curricular e entrevista – já são essencialmente subjetivos, cabendo aos entrevistadores indicarem este ou aquele requerente como favoritos de acordo com sua simpatia, daí aparece a filiação partidária ou militância sindical com 2,5 pontos a mais, o que não é pouca coisa.

Vindo de quem vem, imagina-se sem grande esforço que se a maldita filiação partidária for a um partido de base de negociação, ou melhor, de sustentação, ops!, desculpe, de apoio do governo estadual, os tais dois pontos e meio de desempate e mais a simpatia dos vermelhinhos entrevistadores poderão transformar-se em todos os pontos necessários para que a grana saia dos bolsos da viúva e o “ponto de cultura” seja instalado a fundo perdido e sem fiscalização sobre suas atuações.

A militância sindical também pode ser critério? Ora, se o sujeito faz parte da direção de um sindicato de bancários, por exemplo, por que isto o capacitaria a ser um agente cultural?

Conhecendo essa gente, tanto os agentes culturais, quanto os sindicalistas e os governantes esquerdistas, sabemos que são todos folhas de um mesmo pé de urtiga e que os tais “pontos culturais” não deixarão de ser células partidárias e escritórios de campanha. Esta conclusão torna-se ainda mais fácil quando conhecemos os “pontos de cultura” já existentes Brasil a dentro.

Estudar e promover cultura são essenciais? Sim. Os governos devem incentivar e financiar a cultura popular? Sim. Preservar as culturas regionais é um dos fatores de melhora a qualidade de vida? Sim. Selecionar os projetos que merecem financiamento público através de sua importância, seriedade e princípios éticos é o caminho correto? Sim. Militância partidária ou sindical são critérios que devem ser levados em conta na seleção de projetos? Nem pensar! Isso jamais deveria ser sequer considerado por gente séria.

Entenda melhor pelos links:

- Pontos de cultura da Bahia (vejam quantos sindicatos): http://www.cultura.ba.gov.br/rede-de-pontos-de-cultura/

- http://www.cultura.gov.br/culturaviva/ponto-de-cultura/

- http://www.cultura.gov.br/site/2011/02/03/pontos-de-cultura-12/

- Projetos do estado do Rio: http://www.pontodecultura.rj.gov.br/

- http://pontosdecultura.org.br/

 

©Marcos Pontes

9 comentários:

  1. Deus do céu... a era petralha é a era em que filiação partidária determina tudo. O resultado? Sempre o pior possível. Estepaiz....

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  2. Amigo, eles querem implantar a "cultura" deles em todas as instituições, principalmente na formação dos jovens. #Alertabrasil.

    Abraço.

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  3. CARO MARCOS

    COMENDO PELAS BEIRADAS E UTILIZANDO A PIEGUICE (DIFERENTE DE SOLIDARIEDADE) PETISTA COMO ARMA DE OFERTAR O MUNDO DE SHANGRI-LÁ ESTE PARTIDO VAI IMPONDO SUAS REGRAS E SUA IDEOLOGIA IDIOTIZADA DESVALORIZANDO OS COMPETENTES PARA ENCAIXAR SEUS FUTUROS CABOS ELEITORAIS!!!

    Marisa Cruz

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  4. Exclente denúncia, Marcos. Isso a mídia não mostra. aliás, eles dizem que vão fazer, fazem e depois, quando alguém mostra e analisa dizem que é teoria da conspiração. Nada mais gramscista! Para Gramsci o Príncipe moderno é o partido.Em sua teoria do partido político de classe operária, Gramsci se inspira em O Príncipe de Maquiavel, a esse partido, Gramsci dá o nome de Moderno Príncipe. Agente da vontade coletiva transformadora, não pode ser mais encarnado por um indivíduo. Nas sociedades mais modernas, as funções que Maquiavel atribuiu a uma pessoa singular, cabe a um organismo social, o partido político. A tarefa do Moderno Príncipe é superar os resíduos corporativos e juntar todos os segmentos da sociedade para a formação de uma vontade coletiva nacional-popular, ou seja, de um grau de consciência capaz de permitir uma iniciativa política.
    Sem uma nova cultura, as classes subalternas continuarão sofrendo passivamente a hegemonia das velhas classes dominantes e não poderão se elevar à condição de classes dirigentes. Direção política, é, também, direção ideológica. Fazendo com que se crie uma nova cultura (nas massas), o Moderno Príncipe estará criando as condições para a hegemonia das classes subalternas, e sua vitória na guerra de posições pelo socialismo. Daí, a importância, também, do intelectual na construção do partido político.

    Para Gramsci, os intelectuais se detêm às sua bases acadêmicas sem de fato conhecer as massas e sua cultura, por isso, são incapazes de apreender as reais necessidades da população. Dessa forma, criando, apenas, culturas superficiais, tornando quase impossível à massa o conhecimento de sua real condição política e a aceitação de uma nova ideologia – aí, está a necessidade e importância de se mesclar os intelectuais e os “pobres mortais” deste país.

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  5. Alô, alô...não estão comendo pelas beiradas!!! Estão raspando o prato. socorro.

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  6. Concordando com o Anônimo,eis a razão pela qual não melhoram a educação >>> quanto pior melhor e mais fácil a dominação.
    Tem, ainda, o DÍZIMO que serve de caixa 2.
    Esse povo não dá ponto sem nó.

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  7. Uma coisa dessas é tão absurda que chega a beirar a insanidade. Não é possível que apenas os blogueiros tenha que denunciar e se bater por coisas dessa natureza. Excelente texto Marcos.

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  8. O maoísmo lulopetista em plena elaboração. Em 'slow motion', como você bem lembrou, para o povo não perceber a fervura. A fábula do sapo que achou que estava numa piscina aquecida e 'acordou' cozido em banho-maria.
    Acorda Brasil!

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  9. O amigo Cacique fez um apelo importante, por que somente os blogueiros se desgastam enquanto os que deveriam mostrar a cara, com raríssimas exceções, acomodam-se no conforto de seus "habitats" e aguardam que as notícias repercutam e os favoreçam às nossas custas?

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